Bem vindo ao site de contabilidade da D’Atas Contabilidade

Área do Cliente

Área do administrador

Alta da Selic pode terminar em outubro

De acordo com os analistas consultados pela pesquisa Focus do Banco Central, o Copom poderá estabilizar a taxa de juros em 12% no final do ano.

Fonte: Diário do ComércioTags: juros

Acabou a divisão do mercado financeiro quanto à possível subida da taxa básica de juros (Selic) na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, em dezembro. Na pesquisa Focus divulgada ontem pelo Banco Central (BC), a mediana das estimativas para o nível dos juros básicos da economia no fim do ano caiu de 12,13% para 12%. Com isso, os analistas mostram que passou a prevalecer a estimativa de que o ciclo de aumento do juro atualmente em curso será interrompido após outubro.

Pelas previsões dos analistas, o juro deve subir 0,75 ponto percentual nas reuniões de julho (para 11%) e de setembro (para 11,75%). Em outubro, o ciclo termina com a última elevação de 0,25 ponto, o que levaria a Selic para 12%. Em dezembro, portanto, o juro se manteria estável. Para o fim de 2011, a previsão para o juro básico foi mantida em 11,75% – cenário repetido há quatro semanas. Para a Selic média em 2010, analistas reduziram a expectativa de 10,52% para 10,47%, ante 10,44% de quatro semanas antes. Para 2011, a previsão do juro médio recuou de 12,1% para 12,06%. Há um mês, a previsão era de 12%.

Inflação – O mercado financeiro também diminuiu a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010, de 5,55% para 5,45%. Há um mês, analistas previam alta maior, de 5,61% para o índice oficial de inflação neste ano. Para 2011, a mediana seguiu em 4,8%, pela 13ª semana seguida. Nos dois casos, a estimativa do mercado é superior ao centro da meta de inflação, de 4,5% para os dois anos.

A estimativa para o IPCA em julho de 2010 caiu pela terceira semana seguida, de 0,25% para 0,23%. Há quatro semanas, ela era de 0,28%. Para agosto de 2010, a expectativa recuou de 0,35% para 0,34%, ante 0,32% de um mês atrás. A pesquisa também mostrou que a previsão de alta para IPC-Fipe em 2010 recuou de 5,24% para 5,15%, ante 5,34% de quatro semanas antes. Para 2011, a estimativa permanece em 4,5% há 25 semanas.

PIB – Após 16 semanas consecutivas de aumento das estimativas do mercado financeiro, a previsão de crescimento da economia em 2010 não sofreu alteração. Os analistas mantiveram a previsão de que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter expansão de 7,2% neste ano – estimativa é superior à observada há um mês, quando a aposta era de alta de 6,99%.

Também foi mantida a previsão para a expansão da economia em 2011, período em que os analistas acreditam que a atividade deve avançar 4,5%. Essa previsão é mantida há 31 semanas. Para o mercado, o segmento industrial vai liderar a expansão da economia.

Instabilidade – Para o economista Bernardo Wjuniski, da Tendências Consultoria, a queda da projeção da Selic mostra a volatilidade nas previsões de especialistas. Ele recordou que a projeção subiu na semana passada de 12% para 12,13% e voltou à marca anterior.

"De certa forma, o bom resultado da inflação corrente atenuou um pouco as expectativas (para os índices de preços)", comentou, referindo-se à estabilidade registrada pelo IPCA em junho.

O analista disse ainda que a Selic deve subir 0,75 ponto percentual na próxima semana e repetir a dose de elevação no dia primeiro de setembro, para depois ser incrementada em mais 0,5 ponto percentual no dia 20 de outubro, quando a taxa chegará a 12,25%.